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O desenvolvimento do país está diretamente ligado aos investimentos em obras públicas e a gestão do planejamento administrativo desse processo. No Brasil, o número de obras paralisadas é bastante elevado, tendo aumento significativo com a pandemia de COVID-19.
Segundo dados do Ministério da Economia, há cerca de 14 mil obras paralisadas, somando investimento público de mais de R$ 144 bilhões – com R$ 10 bilhões já aplicados. Além disso, a crise financeira e política, vivida nos últimos anos, culminou no aumento desse número.
Toda grande obra começa pelo planejamento e ele deve prever os gastos com materiais, pessoas, recursos e imprevistos. Uma melhor logística nesta fase poderia minimizar diversos problemas e garantir efetividade na destinação dos recursos públicos, fazendo com que as obras tenham continuidade dentro do orçamento e prazo previsto.
Esse plano de ação deve ser dividido em duas etapas: planejamento e execução. Sempre buscando alternativas para possíveis imprevistos e com o intuito de garantir que não exista a possibilidade de paralisação.
Paralisar uma obra pública não é uma tarefa fácil e nem barata. A ação implica uma série de medidas e custos adicionais, muitas vezes elevados. Acompanhe abaixo os principais:
Contratos – Uma paralisação gera revisão ou cancelamento de contratos com empreiteiras, montadoras, projetistas e outros profissionais, isso provoca desequilíbrio econômico e financeiro às partes afetadas, além de acarretar em processos judiciais, que acabam custando muito dinheiro;
Preservação de estruturas – É necessário prever os custos decorrentes da preservação das estruturas semiacabadas e dos equipamentos entregues. A Administração é responsável por solicitar às empresas, que tiveram seus contratos cancelados, a definição de medidas voltadas à preservação das estruturas civis e equipamentos disponíveis na obra paralisada;
Mobilidade urbana – Os gastos decorrentes dos transtornos provocados na mobilidade urbana, de pedestres e veículos, também devem ser calculados pelo Governo, visto que, uma obra inacabada pode ocupar grandes espaços, prejudicando o trânsito.
Além de todo esse transtorno financeiro, deve-se levar em consideração a expectativa da população com a obra em questão, seja mobilidade urbana, uma nova área de lazer, um novo hospital, entre outros. A obra pública gera uma espera que é frustrada pela paralisação.
Esse impacto social está ligado ao reflexo econômico local, regional ou nacional. São estradas que poderiam escoar produção, portos que poderiam movimentar a economia e gerar empregos, renda e desenvolvimento.
Em suma, uma obra paralisada gera grandes impactos econômicos e sociais, por esta razão um bom planejamento é imprescindível.
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